(Tradução para o português abaixo do original em inglês)
Needlework
₢ Dalva Agne Lynch
My morning chores all done, the washing machine running smoothly, I take up my needlework and settle on my favorite chair by the window.
My eyes aren´t what they used to be and I don´t like those reading glasses but they are a must, so there you are. At least I can see what I´m doing. It´s getting along pretty well. A little bit more... there. It´s done! As I will, so it will be...
I fold my work and put it in the middle drawer of the dining room cabinet.
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Mr. Soza is at his office desk staring at the bills. That bitch! Her ophtalmologist´s costs were outragous! And why in this world should he keep paying for her bills? "It´s the Law", said his lawyers. Well, he was paying them a fortune to search for holes on that blasted Law, wasn´t he?
The phone rings. It´s his pretty new wife, reminding him to pay her College bill. He smiles as he cradle the phone, thinking about last night´s lovemaking. Blessed little blue pills! He reaches for his coffee cup but his arm´s acting very strange...
Sudenly a piercing pain cuts through his heart and he falls over the desk, quite dead.
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I close the curtains as night begins to fall. The phone rings and I pick it up. Oh, the Lawyers... I´m so sorry! And he was still so young...
I put the phone down and walk to the dining room´s cabinet. I hold my needlework up, reach for a lighter and set it on fire.
As pieces of fabric fall to the floor in flames and ashes stain my hand I see my embroidery vanishing - the figure of a man, an arrow piercing his heart.
I smile. Merry depart, my sweets... Until we meet again!
TRADUÇÃO
Bordado
₢ Dalva Agne Lynch
Com meus afazeres matinais terminados e a máquina de lavar trabalhando, pego meu bordado e sento-me na minha cadeira favorite perto da janela.
Meus olhos já não são o que eram e não gosto desses óculos de leitura, mas eles são necessários, então é isto. Pelo menos eu posso ver o que estou fazendo. Está indo muito bem. Só mais um pouquinho e... pronto! Terminei. Como quero, que assim se faça...
Dobro meu bordado cuidadosamente e coloco-o na gaveta do meio do armário da sala de jantar.
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Mr. Soza está em sua escrivaninha no escritório, olhos fixos nas contas. Aquela vaca! As contas do oftalmologista dela são incríveis! E por que cargas d´água ele devia continuar pagando as contas dela? "É a Lei", disseram seus advogados. Ora, ele estava pagando-lhes uma fortuna para encontrar buracos naquela estúpida Lei, não é mesmo?
O telefone toca. É sua linda nova esposa, lembrando-o de pagar a conta de sua faculdade. Ele sorri, colocando o telefone na escrivaninha e pensando na cena de amor da noite passada. Abençoadas pílulas azuis! Ele estende a mão para pegar a xícara de café, mas seu braço começa a ficar estranho...
De repente, uma dor lancinante atinge seu coração e ele cai sobre a escrivaninha, bem morto.
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A noite está chegando, então fecho as cortinas. O telefone toca e respondo. Ah, são os advogados... Ai, que pena! Ele ainda era tão jovem...
Desligo o telefone e caminho até o armário da sala de jantar e retiro meu bordado. Daí acendo um isqueiro embaixo dele.
O tecido em chamas cai ao chão, e as cinzas mancham meus dedos. E vejo meu bordado se esvaindo - a figura de um homem com uma flecha atravessando o seu coração.
Então eu sorrio. Feliz partida, meu querido... até nos encontrarmos outra vez!