Dalva Agne Lynch
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CARTA AO PINTOR IVO VASSILEV
(do livro inédito Liberdade Decepada)
E foi por isso que se me calaram as cores.
Mas que consolo posso ter nas árvores contorcidas de Van Gogh
Nas pinceladas sem sintonia, sem sincronia, gloriosamente sem semelhança?
Ah, e o que tento fazer, procurando subir na mesma nuvem tresloucada
Se nem ao menos me posso sustentar sobre pernas trôpegas?
E foi por isso – só por isso – que se me calaram as cores
Perante as tuas, corretamente lançadas em perfeitas formas.
Como Van Gogh, tentei calar-me. Mas não consegui.
E foi então que descobri o que me faltava:
O poder arrebatador que moveu o pincel de Van Gogh
Na audácia de pintar o cenário de sua própria morte!
(do livro inédito Liberdade Decepada)
E foi por isso que se me calaram as cores.
Mas que consolo posso ter nas árvores contorcidas de Van Gogh
Nas pinceladas sem sintonia, sem sincronia, gloriosamente sem semelhança?
Ah, e o que tento fazer, procurando subir na mesma nuvem tresloucada
Se nem ao menos me posso sustentar sobre pernas trôpegas?
E foi por isso – só por isso – que se me calaram as cores
Perante as tuas, corretamente lançadas em perfeitas formas.
Como Van Gogh, tentei calar-me. Mas não consegui.
E foi então que descobri o que me faltava:
O poder arrebatador que moveu o pincel de Van Gogh
Na audácia de pintar o cenário de sua própria morte!
Dalva Agne Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch em 02/09/2014
Alterado em 15/05/2016
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