Dalva Agne Lynch
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O Sacrifício de Salvação
©Dalva Agne Lynch 
 
 

Tenho certeza de que o que vou dizer aqui já foi dito por alguém em algum lugar, mas isto são inferências que fiz ao ler e meditar sobre as duas primeiras porções da Torah (os cinco livros de Moshe Rabeinu, Moisés) chamada Acharey, que corresponde a Levíticos 16. Então vamos lá, enquanto me protejo das pedradas que virão:
 
Esse trecho fala sobre o que Aarão, o sumo-sacerdote, o Cohen Gadol, deveria fazer para a primeira purificação do Templo, preparando-o para futuro uso.
 
A primeira coisa que ele precisava fazer, depois dele mesmo se purificar, era trazer à Presença Divina duas CABRAS. Ele lançaria lotes para designar uma para ser sacrificada como oferenda pelo pecado, sendo portanto santa, e a outra para ser enviada para o lugar mais íngreme do deserto – o monte Azazel – levando consigo os pecados de Aarão, de sua Casa e de seu Povo Israel.
 
Primeira inferência: O deus cristão foi chamado de “o CORDEIRO de D´us, que tira os pecados do mundo” (João 1:29), e é considerado o verdadeiro e último sacrifício pelos pecados da humanidade.

A partir disso, os cristãos consideraram qualquer sacrifício de uma CABRA como sendo feito para Satanás. E diz o livro do Apocalipse, as profecias dos últimos tempos do cristianismo: “aqueles que se dizem Judeus, mas não o são, sendo a sinagoga de Satanás” (Apocalipse 3:9).

Um primeiro “pequeno” engano, já que o próprio D´us designou uma CABRA como sacrifício pelos pecados, e não um carneiro.
 
Segunda inferência: o sacrifício pelo pecado era feito apenas depois que o Templo fora purificado.

Considerando que nosso corpo é um Templo, moldado à "Nossa imagem e semelhança’, como diz o Senhor (Gênesis 1:26), quer dizer, moldado segundo as Sefirot, então conclui-se que é preciso haver uma enorme limpeza, uma enorme purificação,  para que nosso corpo fique santificado e pronto para fazer quaisquer pedidos de perdão.
 
A coisa é que esse perdão não vem assim tão facilmente, só com uma palmadinha no ombro e um “você está perdoado”. É preciso corrigir o erro, purificar-se através de Teshuvah – o retorno aos Preceitos Divinos. Quer dizer, ao contrário do que afirma o cristianismo, o perdão lhe custa tudo, não apenas “creia, e serás salvo” (Atos 16:31). 
 
Terceira inferência: fé não salva ninguém. O que salva é o que você FAZ porque tem fé. Eu posso ter inteira fé de que D-us vai me salvar se estou me afogando, então para quê buscar um meio de sobreviver? Ou posso ter inteira fé de que D-us vai me salvar, SE eu fizer tudo o que posso para me salvar do afogamento. Pode ver a diferença? D-us não honra preguiçoso.
 
Disse Pedro: “salvação é por graça, para que ninguém se glorie”. Então tá. Você não faz nada e espera recompensa por sua humildade, porque é de graça. Mas isso não é humildade – isso é presunção, covardia e preguiça espiritual! A humildade trabalha e serve!
 
Quer dizer, levante-se e faça algo, não espere que os Céus se abram e lhe dê tudo de graça! Você foi criado INTEIRO – com mãos, pés, boca, tudo – para com tudo louvar o Criador. Não adianta se sentar na sua poltrona confortável e REZAR. Isso é o que em inglês se chama prestar “lip service” – servir da boca pra fora.  E não interessa o quanto do seu coração você colocou na sua reza – se não faz nada para merecer uma resposta, a sua reza não vai passar do teto da sua casa.
 
Rezar é importante e imprescindível, mas é só o começo. Agora levante-se e comece a estudar, a agir. a mostrar que tem fé!



 

 

Dalva Agne Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch em 01/05/2019
Alterado em 13/07/2022
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