foto de Val Perotto
Oblívio
©Dalva Agne Lynch
A noite não tem culpas ou medos
Ou mesmo o medo de ter medo.
As arestas, tão visíveis à luz do sol
À noite se suavizam pelas sombras
E no escuro, a ira e o desprezo
E aquele peso bem no meio do estômago
Bem no centro do peito – se desvanecem.
Ao som do vento soprando nas montanhas
Ou entre os altos edifícios
Os olhos se fecham, o coração se aquieta
A realidade causticante do sol desaparece.
E é aí que o sono nos toma, e somos um
Com a noite.