Dalva Agne Lynch
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Portuguese version after the English text:


Yellow Ribbon

(In 2008 Cannon Poetry Contest, this poem received an award and was published in their Anthology on the same year. In the meantime, my sons David Lynch and Joseph Lynch came back from the war. They´ve come back hurt and scarred, but they´ve come back.)



 
There´s a yellow ribbon tied to my door.
It says to the World
that my son is at War.
There´s a yellow ribbon
tied to the World´s heart.
There´s a yellow ribbon on the door
of all the opressed
the hungry children
the women emprisioned behind veils
the girls raped in prison.
There´s a yellow ribbon on every wall of separation
visible ones and invisible ones.
There´s a yellow ribbon soiled with black oil
on the shacks of Palestine
on the plantations of Eretz Yisrael.
There´s a faded yellow ribbon
on the boats fleeing Havana.
There´s a yellow ribbon on every man
who still has a conscience.
On the people marching in South American streets
fearing for their future.
On the people filling churches
filling temples, answering grounds.
On the people curved through the night over books 
while working the whole day for the daily bread.
Yes, there´s a yellow ribbon
tied to the World´s heart.
Someday - I hope it comes soon!
I´ll take down the yellow ribbon from my door.
Some day - and there´ll be weeping and gnashing of teeth!
all yellow ribbons will be taken down
from every door in the World.
On that day - with songs and dance and laughter
the yellow will sparkle only in the sun´s rays
and in the wings of butterflies.
The children and the women and the girls
and all who are burdened and heavy laden
will be dressed in all colors.
And men - those who imprisioned the World
behind yellow ribbons
will be exiled in yellow flames.
Someday...
Oh, how I wish this day would come...
 
 
Fita Amarela

(Este texto recebeu um prêmio em 2008, no concurso "Cidadania, um direito de todos" da Canon do Brasil,, sendo publicado na antologia do mesmo nome. Enquanto isto, meus filhos, Dave e Joe, retornaram da guerra. Feridos e marcados, mas voltaram.)





Há uma fita amarela amarrada à minha porta.
Ela diz ao mundo
que me filho está na guerra.
Há uma fita amarela no coração do mundo.
Há uma fita amarela às portas dos oprimidos
das crianças com fome
das mulheres prisioneiras de seus véus
das meninas estupradas nas prisões.
Há uma fita amarela nos muros
os visíveis e os invisíveis.
Há uma fita amarela suja de petróleo
no coração da Palestina
e nas plantações de Eretz Yisrael.
Há uma fita amarela esmaecida
nos barcos que fogem de Havana.
Há uma fita amarela em cada consciência
dos que ainda têm consciência.
Nos que marcham nas avenidas latinas
temendo o futuro.
Nos que abarrotam os tribunais
buscado justiça.
Nos que enchem os bancos das igrejas
dos templos, dos círculos de respostas.
Nos que se curvam sobre livros à noite
e trabalham o dia todo pelo pão de cada dia.
Sim, há uma fita amarela
amarrada às portas do coração do mundo.
Um dia - espero que seja em breve!
retirarei a fita amarela de minha porta.
Um dia - ah, e como haverá gritos e lamentações!
serão retiradas das portas do mundo
todas as fitas amarelas.
Naquele dia - com canto e dança e risos
o amarelo brilhará só na luz do sol
e nas asas das borboletas.
As crianças e as mulheres e as meninas
e todos os cansados e sobrecarregados
vestirão trajes de muitas cores.
E os homens - aqueles que aprisionaram o mundo
por detrás de fitas amarelas
serão exilados em chamas amarelas.
Um dia...
Ah, como demora esse dia...


 
Dalva Agne Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch em 29/04/2008
Alterado em 26/06/2016
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